terça-feira, 6 de novembro de 2012

Programa Portal Joinville

Entrevista na Rádio Cultura Joinville no Programa Portal Joinville!

http://www.youtube.com/watch?v=NJqYYBWmt4o

terça-feira, 1 de maio de 2012

O SOM QUE NÃO SE PERCEBE

Agora está sendo assim... Procuro o som, encaixo, mas não funciona. Equalizo, mudo o timbre, mas ainda não funciona. Vou ter que produzir isso de alguma forma, capturando o som ao vivo novamente. A sonoplastia de um filme é uma das partes mais importantes para que a veracidade da cena seja passada com tranqüilidade ao espectador. Mas depois de pronta é a coisa que menos se percebe, pois aos menos atentos acham que isso foi captado no momento da gravação da cena.
Não houve trabalho para que a chuva acontecesse na hora exata, ou o trovão entrasse no momento certo sem atrapalhar a fala dos atores. O volume desses sons devem ser pincelados com retoques milimétricos, para que não haja nenhum exagero que tire a atenção do público.
Um trabalho árduo se constata numa das cenas externas que não tínhamos equipe suficiente para capturar o som direto. Hoje penso que “ainda bem que não capturamos nada”. Vendo as cenas com o áudio de apoio da própria câmera de captura, percebo que não iríamos aproveitar absolutamente nada do som direto. Carros que passam na rua atrapalham a fala e o alcance do microfone não era suficiente em algumas cenas.
Mas esse trabalho árduo de sonoplastia e dublagem de algumas falas são fundamentais para não perdermos a concentração na cena. Em resumo, fazemos barulho para que a concentração não seja perdida. E esse trabalho começou agora.

Fábio Porto

domingo, 22 de abril de 2012

A inocente culpa do artista


"A consistência é o último refúgio do sem imaginação"
Oscar Wilde (in The relation of dress to art)

Paradoxos e oxímoros pertencem à vida do artista em sua essência, mesmo se seu objeto estético não transpire tais movimentos contraditórios. Nossa contradição está aqui por meio dos pedidos de con$istência para salvar a imaginação. Talvez não seria bem o salvamento da imaginação, mas o acabamento e a divulgação da imaginação concretizada em audiovisual. Qual é a real consistência que precisamos para fazer com que a arte exista de fato? Que haja alguém para movê-la, lê-la, interferi-la, feri-la, às vezes recebê-la apenas (meio triste...), arquitetá-la, refleti-la, refutá-la, namorá-la, estetizá-la... Sim, que haja alguém do outro lado, de frente, às vezes ao lado, mas à espera de algo. Hoje esperamos alguma con$istência sem perdermos nossa imaginação e dignidade. Hoje, entendemos o Catarse.me como uma possibilidade de con$istência final à nossa arte sem nos sentirmos culpados ou humilhados por um mecenas que deseja sua placa de donatário estampada na cultura alheia, em auditório universitário, na obra pública - não do poder público -, mas do público que é povo e que deseja construir algo fora dos círculos banais que mais são redemoinhos de um ralo só.


Samuel Kühn
ator para "Infância de Monique"

sábado, 21 de abril de 2012

Carta de Flávio Andrade


Só no final, na ultima cena que nos damos conta de quanto estamos envolvidos no filme, com a ficção e a realidade. Mais uma grande experiência para mim, que trabalho com iluminação de teatro e tive poucas experiências com cinema. Mas saio muito enriquecido em conhecimento. Obrigado Fabio e Fabrício pelo convite e parabéns a todos que de alguma forma deram sua contribuição a “Infância de Monique. 


"Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação.” Chaplin.


Flavio Andrade
A&G Iluminação Cênica 
Light design
(47)34297705
(47)96249362

sábado, 14 de abril de 2012

Carta de Clarice Siewert Steil

Clarice no primeiro dia de gravação do filme.

Contar uma história no cinema é uma magia. É poder brincar com som, imagem, emoção, desenhando personagens e situações. O projeto do filme “Infância de Monique” quer fazer um pouco de magia também. Quer contar a história de dois personagens e seus dramas. Foi nessa brincadeira séria que eu e mais tantos profissionais engajados embarcamos no ano passado. Minha função era ajudar a dar vida à Solange, a contar seus sonhos e no que eles se transformaram. Quis também fazer parte de um projeto quase pioneiro em Joinville, o de fazer um longa-metragem de ficção com recursos e pessoas daqui. No registro desse filme, parece que estamos fazendo história!
Agora já terminamos de gravar. Grande parte do meu trabalho já foi feita, mas está incompleta. Mesmo já não mais comigo, a Solange ainda tem um grande caminho a percorrer até “nascer” de verdade na tela de algum cinema ou teatro da cidade. Continuamos na corrida para que a nossa magia possa acontecer! 

Clarice

domingo, 8 de abril de 2012

Carta do ator Samuel Kühn


Filmar Infância de Monique foi uma daquelas experiências na vida que nos estimula a dividir com as outras pessoas a construção de um universo ficcional que pertence àquilo que acreditamos em arte e vida - esteticamente. Sabendo da competência de Fábio e Fabrício, minha esposa-atriz, a Clarice, e eu entramos de cabeça nessa proposta de dar vida a um longa-metragem sem recursos financeiros, porém munido de vários outros recursos tácitos e imponderáveis.
Confiantes na honestidade de todos que estavam envolvidos, chegamos até o estágio que agora se encontra o filme, ou seja, na carência de alguma verba para finalizar o trabalho. Sem editais ou caminhos que amarram, por vezes, a criatividade, estamos aqui compartilhando nosso desejo que oferecer ao país uma produção cinematográfica confeccionada em um local com pouquíssima produção audiovisual: Joinville e Santa Catarina. Hoje, cumprimos ao lado de alguns outros artistas locais o início de uma caminhada que ruma nessa mídia sem fronteiras. Quem sabe, em mais alguns anos, poderemos fazer intercâmbios mais engajados e completos com artistas nacionais e estrangeiros. É com orgulho e esperança que estamos no CATARSE.ME.

Um grande abraço,
Samuel Kühn

terça-feira, 3 de abril de 2012

Etapas de uma gravação...

 Etapa 1: Ensaio com os atores Clarice e Samuel;
 Etapa 2: Teste de iluminação, captura de imagem e áudio;
 Etapa 3: Teste para o tratamento de imagem.
E só estamos no começo dos trabalhos de edição...

Início do tratamento de imagem

Depois de gravarmos todas as cenas do filme "Infância de Monique", e cientes de que a equipe reduzida poderia fazer com que algumas cenas tivessem que ser regravadas e outras dependessem de um auxílio pós gravação para ficarem como nós gostaríamos, passamos para a fase do tratamento de imagem.
Ou seja, precisávamos pensar nas cores do filme. O trabalho pós-gravação teve início na semana passada. Joca Veiga, Fábio Porto e Fabrício Porto iniciaram experimentos no tratamento de cores e efeitos em algumas sequencias do filme.

Desde já, agradecemos a participação desse profissional chamado Joca Veiga para nos auxiliar nesse trabalho longo e cauteloso. Continuamos nossa caminhada. Abraço!

quinta-feira, 29 de março de 2012

"Infância de Monique" está no Catarse

O filme "Infância de Monique" está no Catarse. Esse site promove projetos culturais em todo Brasil. Ajudem a divulgar e ajudem financeiramente também.
Abaixo, o link com alguns momentos do filme:

http://catarse.me/pt/projects/584-infancia-de-monique

 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Documentário "Ditadura Reservada" no Festival de Cinema de Blumenau


O filme "Ditadura Reservada" dirigido por mim foi selecionado no Festival de Cinema de Blumenau. O documentário tem 79 minutos e conta um pouco sobre o regime militar em Joinville e região. 

Veja o site do festival: 

http://www.festivaldeblumenau.com.br/site/programacao.php

Desde já, agradeço toda a equipe de gravação, projeto gráfico, pesquisa história e edição do documentário "Ditadura Reservada". Estamos caminhando! 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Entrevista no programa "À moda da casa" na UDESC FM


Hoje às 22 horas tem entrevista no programa “À moda da casa” na Rádio UDESC FM com Fabrício Porto e com o ator Robson Benta. Falamos sobre o filme “Infância de Monique” e um pouco sobre teatro, cinema e música. Não percam!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A pré-montagem do filme – Fabrício Porto


Por se tratar de um roteiro que não obedece uma sequência cronológica, a principal preocupação nessa pré-montagem é que o espectador acabe perdendo alguns detalhes fundamentais da trama. Dessa forma, a montagem poderá ajudar ou atrapalhar esse entendimento por parte de quem está vendo o filme.
Depois de algum tempo escrevendo o roteiro, auxiliado por Fábio Porto e Jura Arruda, percebo que na verdade o filme acaba tomando rumos diferentes daqueles que o roteirista imagina quando está desenvolvendo o roteiro. Algumas sequências que pareciam encaixar perfeitamente, precisam de algum adicional de imagem ou de algo que faça com que uma cena tenha ligação com a outra. Para isso, vamos ter que sentar e rever com muito cuidado algumas sequências para que o filme seja degustado com mais fluidez.    

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Filmes nacionais com baixos recursos


Segue alguns exemplos de filmes rodados com pouca grana:

“O cinema brasileiro é feito com dinheiro público, com o dinheiro de um curta se fazem quatro casas populares, com o dinheiro de um longa dá para fazer um hospital. São os trabalhadores, com seus impostos, que pagam estes filmes. Ironicamente, eles não tem dinheiro para ir ao cinema. Cinema, no Brasil, é feito para os ricos, com dinheiro dos pobres. E precisa ser feito, é função do estado garantir meios para produção cultural. Na televisão dá-se o contrário: são as grandes empresas que patrocinam os programas que milhões de brasileiros assistem todos os dias. Não de graça, é claro, eles precisam ver também os comerciais.” Jorge Furtado

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Fotos que ainda não foram publicadas!

Acho uma foto que retrata bem como será o filme!
Fábio discursando...
Cena de Clarice e Vinicius da Cunha.
Cena de Samuca com João Zanella.
Cena com com a atriz convidada Ilaine Melo.
Fabrício Porto, diretor de fotografia captando o áudio.
Ensaio com Robson Benta.
Primeiros ensaios com Samuca e Clara.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Saiu no Orelhada!

Texto de Rubens Herbst publicado no Jornal A Notícia dia 10 de fevereiro.

"
As carinhas felizes aí na foto não denunciam, mas a sensação térmica era de 47 graus no último dia de gravações do filme “Infância de Monique”, sábado passado, nos trilhos da Estação da Memória. Os atores Robson Benta, Samuel Kühn e Clarice Steil resistiram bravamente durante mais de quatro horas sob a direção de Fábio e Fabrício Porto (na imagem, os dois primeiros à esquerda). O elenco tá liberado pra tomar ar, mas a estrada até a estreia, provavelmente no segundo semestre, ainda é longa – segundo Fabrício, pré-edição, tratamento de imagem, algumas dublagens, sonoplastia, gravação da trilha sonora e montagem final começam agora."

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O último dia de gravação - 04 de fevereiro de 2012

Fábio Porto, Fabrício Porto, Robson Benta, Clarice Steil e Samuel Kühn.
Equipe de gravação naquele sábado ensolarado...
Robson Benta se preparando para entrar em cena!
Samuel Kühn e Clarice Steil antes da gravação.
Samuca, Fábio e Murilo esperando o trem...

Debaixo de um sol de 37 graus e uma sensação térmica de 47, as últimas gravações do filme “Infância de Monique” aconteceram nos trilhos do trem, próximo à Estação da Memória. Os atores Robson Benta, Samuel Kühn e Clarice Steil resistiram bravamente durante mais de quatro horas de gravação. A seqüência do filme, gravada no último sábado, precisava de elementos cenográficos que remetem a um local isolado e como uma estação ferroviária abandonada. Acredito que foi uma boa escolha para a cena. Agora as etapas de pré-edição, tratamento de imagem, dublagem de algumas, sonoplastia, gravação da trilha sonora e montagem final terá duração de mais seis meses. Muito trabalho pela frente. Desde já agradecemos a participação de Murilo Porto que fez a foto da equipe.

domingo, 1 de janeiro de 2012

O chefe de cozinha e o dramaturgo – Por Fabrício Porto

Parece besteira, mas faça um comparativo entre um chefe de cozinha e um roteirista. O primeiro apresenta ao cliente os pratos que fazem parte do cardápio e sugere algumas combinações gastronômicas. O roteirista oferece ao expectador um cardápio pronto. O roteirista começa escolhendo o vinho, a entrada, o prato principal e a sobremesa. Como vai ser servido esse vinho ou os pratos decorrentes, fica por conta dos atores e da direção.


Costumo dizer que em algumas situações o roteirista não proporciona a degustação de cada elemento do banquete. Em alguns filmes e peças teatrais, o prato principal vem antes do vinho ou depois da sobremesa e o espectador tem que engolir o que o chefe está propondo sem poder reclamar. Em outras situações, os pratos não são permitidos serem saboreados até o fim e são retirados da mesa antes mesmo da saciedade do cliente.


Não quero aqui fazer uma crítica aos experimentalistas que ousam mudar a ordem dos pratos ou daqueles que tentam interromper a degustação de um prato principal, ou misturar sabores cítricos com salgados, ou carregar na pimenta, no açúcar ou no sal numa peça ou num filme. Simplesmente acredito que o chefe de cozinha, assim como o dramaturgo deve se preocupar com a saciedade, e a digestão do espectador.


O espectador tem que ser levado pela mão, afinal ele espera passivamente ser levado para algum lugar. Esse lugar pode ser cômodo, inquieto, perturbador ou provocador. Levar o espectador ao ambiente em que ele se sinta instigado é fundamental numa trama. Esse é o meu papel como roteirista. Surpreender com um prato diferente, inovador e tentar descobrir em outros pratos o que o chefe utilizou como tempero, buscar referências em outros pratos e tentar lembrar o que o diferencia daquele que estou provando. Em 2012 todos tenhamos um bom apetite!