sábado, 24 de dezembro de 2011
Regravação dia 23 de dezembro
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
A regravação
Nesse final de semana, dia 10 de dezembro, voltamos a gravar algumas cenas do filme “Infância de Monique”. O cenário foi a rodoviária de Joinville e o centro da cidade. No dia seguinte na ilha de edição, já com parte do material editado e depois de alguns meses de gravações, podemos parar e pensar sobre o fazer cinematográfico e como o acúmulo de funções da equipe acaba afetando o percurso de uma gravação.
Umas das cenas mais importantes do filme terá que ser regravada. A importância da cena é muito grande para passarmos batido por alguns detalhes. Após a edição daquela cena fizemos uma análise do roteiro e sentimos a necessidade de fazer novamente por um conjunto de fatores que durante a gravação fizeram com que a cena não ficasse como queríamos.
Mas isso faz parte do aprendizado e do querer fazer um filme com a melhor qualidade possível e com a menor verba possível. O melhor de tudo é trabalhar com uma equipe pequena, mas com vontade de querer fazer sempre o melhor.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Personagens do filme
terça-feira, 4 de outubro de 2011
UM DIA NOS BASTIDORES DE INFÂNCIA DE MONIQUE - Por Anna Carolina Santos
Revi acompanhou uma noite de gravações do longa joinvilense "Infância de Monique". Viaje conosco pelos bastidores
Texto e fotos por Anna Carolina Santos
Bate palmas e dá a largada com um “Vai!”
- “O que você comeu?”
- “Estou assim a semana toda.”
- “Você não ta grávida não?”
Enquanto elas conversam, a câmera captura o momento, e os fragmentos da história tomam forma. Clarice Steil Siewert é Solange, e Ilane Melo, sua amiga. A cena é repetida quantas vezes necessárias – podem ser três, ou podem ser 15. As duas mulheres são enquadradas e suas falas, caras e bocas são miradas pela câmera e capturadas pelo microfone.
Fios por toda parte, e três canhões de luz – dois do lado de dentro e um na janela de fora, que simula a luz do dia. O cenário é o pequeno banheiro da escola de teatro Dionísios, que nessa noite chuvosa se transformou no banheiro da casa de Solange. É um grupo de artistas joinvilenses fazendo a sétima arte como dá.
O baixo orçamento do projeto é compensado com o empenho. A equipe de atores e técnicos é modesta, não chega a 15 pessoas. Fazem uma ficção, gênero incomum nas produções audiovisuais dos artistas da cidade. Também estão nessa sem apoio de editais ou patrocínio.A falta de verba não inibiu os irmão Porto, atores e toda equipe de tocar o longa.
Desde o início do ano, Infância de Monique está em processo de produção. É a história de Maike e Solange. Ele é um ladrão de carros, e ela uma prostituta. Os dois têm uma filha chamada Monique, que é doada a outro casal. Maike não sabe da existência da filha, que nasceu quando estava preso, acusado de homicídio. Depois de cinco anos, Solange descobre que Monique vai se mudar para os EUA. O desespero em saber que não terá chance de vê-la novamente e o reencontro com Maike fazem com que a paixão e o ódio dos dois volte à tona.
“Fui eu quem escreveu. Na verdade, dois personagens repletos de emoções conturbadas e prontos para conflitos já trazem inspiração”, conta o jornalista e cineasta Fabrício Porto. O roteiro foi escrito respeitando a limitação de orçamento e tempo. ”Preocupei-me com os diálogos mais longos e com o menor número de locações possíveis”, conta, pensando também que só seria possível utilizando um número reduzido de atores.
As gravações, que começaram no dia 5 de setembro, são feitas combinadas com horários de atores e equipes, contando com a sorte do bom tempo também. às vezes de noite, às vezes de dia. Um dia sim, outro não, outros três dias seguidos. Os horários variam bastante. “Todos estão fazendo de graça, portanto, precisamos compreender os dias que cada um tem para gravar”, diz Fabrício.
E no set...
No set de filmagem, uma pausa para a troca do cartão de memória da câmera, que está cheio. Repetindo a cena uma, duas, e três vezes, outra pausa para o caminhão na rua passar. O ovo frito foi feito sem sal mesmo, faz parte da encenação fingir que não está insonso. Enquanto isso, resolvem a iluminação, pois está aparecendo a sombra da câmera na filmagem.
Todo equipamento é de câmeras Canon 7D Full HD, e 60D, dois microfones Boom, iluminação, quatro ou cinco Fresneis, rebatedores de "isopor", e dois tripés. “Fiz um orçamento correto de gravação. Se fossemos pagar todos e alugar equipamentos que estamos utilizando,o filme pronto sairia por 50 mil reais”, revela Fabrício. Como os equipamentos, atores, diretores e equipe técnica não receberam nada, os equipamentos são próprios ou emprestados, o custo é o mínimo.
“Na verdade, não cheguei a fazer as contas exatamente. Mas não devemos passar dos 3 mil reais”, diz. O plano é terminar as gravações em outubro, e até o final do ano finalizar o longa. Em 2012, mais um filme entra no histórico dos irmãos Porto, que já têm vários curtas e alguns documentários. E mais uma produção para o cinema independente de Joinville.
Veja a matéria de Anna Carolina Santos também no site da REVI:
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Dia de gravação interna (26)
terça-feira, 20 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Inscreva seu curta até o dia 30 de setembro
O quê: inscrições para a mostra que será realizada entre 24 e 27 de novembro
Quando: até 30 de setembro
Onde: as fichas de inscrição e termo de responsabilidade podem ser impressos pelo site do evento – www.mostracinevideo.com
Quanto: as inscrições são gratuitasContato: (47) 9984 2026Fabrício Porto
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Um caminho extenso...
Lembro que em 1989 eu tive meu primeiro contato com uma produção audiovisual. Tínhamos uma câmera VHS emprestada numa tarde de domingo. Reunimos os amigos e gravamos uma historinha de comédia, mais pra trash do que outra coisa. Bem, naquela época não sabíamos o que era um trash. Mas a diversão foi garantida, gravamos várias cenas em seqüência, pra facilitar a edição. E no outro final de semana colocamos dois videocassetes ligados para fazer a edição, muito maneiro. A edição se baseava em “rec” e “pause”.
Depois de ter a fita máster editada, colocamos outra que seria a fita acabada. E no momento que entraria a trilha sonora, nós, rapidamente, trocávamos o cabo do áudio do videocassete pelo cabo do aparelho de som. O resultado foi uma brilhante porcaria. Brilhante no sentido de criar um audiovisual com esses poucos recursos. Porcaria no sentido real da palavra, mesmo.
Nestes 22 anos, acompanho a evolução tecnológica do audiovisual e me parece que sempre haverá outras fronteiras para serem alcançadas. O cinema 3D que o diga. Então chegam os puritanos e dizem “o verdadeiro cinema se baseia na criatividade das histórias”. Mas se você não tiver acesso ao mínimo de tecnologia como irá mostrar a história?
Examinando os filmes antigos que ainda me inspiram, posso perceber certos enquadramentos ou movimentos de câmera que hoje não funcionam como em épocas passadas. E isso me permite descobrir caminhos que ainda não experimentei. Enquadramentos que me fazem suspirar e novos percursos que ainda irei decifrar.
Em “Infância de Monique” uma nova fronteira se apresenta. O desafio de se construir um longa-metragem com parcos recursos é ultrapassado pela farta vontade dos envolvidos. E o maior empecilho não é a falta de recursos, mas sim a falta de tempo para concretizar as cenas. Ao final de cada gravação percebemos o cansaço e o contentamento de cada um. Assim, faço aqui um agradecimento especial a cada um que abraçou esta ideia.
Clara, pelo empenho e pesquisa constante que faz e mostra em cada cena. Samuel, pelo talento e pela paixão em repetir a cena quantas vezes for preciso. Flavinho, pela dedicação e garra de se pendurar onde for preciso para garantir o melhor aproveitamento da luz. Albanir, além do talento como compositor, pelo comprometimento em ajudar nas gravações quando possível. Benta, sempre disposto a entrar na jogada quando chamado. Vini, por abraçar a causa sem precedentes. Ilaine, pela paixão e disposição em voltar a Joinville para encarar essa parada. João, pela raça de se dispor a entrar nessa roubad... digo, jogada. Ao Jura pelo investimento e ajuda no roteiro. E finalmente ao Fabrício, por inventar essa história maluca e reunir esse povo todo.
Abraços cinematográficos para todos
Fábio Porto
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Tempo e simplicidade
A pouca intensidade de luzes em uma cena com movimentação intensa dos atores nos deixou preocupados em alguns momentos da gravação. Hoje votaremos ao mesmo local. Tentaremos gravar o máximo com o mínimo de tempo e com a simplicidade necessária.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Matéria sobre o filme no AN
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3479540.xml&template=4187.dwt&edition=17911§ion=1186
domingo, 11 de setembro de 2011
Gravações dos dias 9 e 10 de setembro
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Depoimento de Clarice Steil Siewert
Outra coisa que gosto é criar os rituais da personagem. E isso é algo que provavelmente não aparece no trabalho final. Mas para mim é meu apoio, é onde me divirto trabalhando. Pensar nos detalhes, nas unhas pintadas, em qual brinco ela usa, como ela ajeita o cabelo. É um exercício constante de sair das minhas escolhas e do meu jeito pessoal de lidar com as coisas e situações. É quase uma brincadeira. O que ela faria nessa situação? E isso começa desde o momento que me convidaram para o papel. Então se me perguntarem quanto tempo eu trabalhei em cima da Solange, digo que foi um mês de ensaio e gravações, mas mais de um ano de imersão. Ela tem me acompanhado há bastante tempo.
Saiu no Orelhada de hoje!
(Coluna Orelhada do jornal A Notícia 05/09/2011)
domingo, 4 de setembro de 2011
Texto de Samuel Kühn
O interessante em Manoel - ou Mike - é que poderia ser qualquer um. Talvez isso soe um pouco simples ou clichê, mas o fato de ser um homem ladrão de carros o torna aberto a muitas composições. Falar vulgar ou distintamente são caminhos possíveis para essa personagem. Quantos ladrões se vestem tão bem que nem imaginaríamos? Quantos se vestem e se comportam tão assim assim que teríamos a certeza de ser um...? Mike pode ser um ou outro sem o risco de cair em esteriótipos. Por hora é isso. Seguimos com os últimos ensaios nesse final de semana.
Abraços,
Samuca
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Mais uma nota no Orelhada!
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Prestes a iniciar as gravações do filme
As gravações do filme “Infância de Monique” iniciam dia 5 de setembro. No entanto, o processo de produção teve início no começo do ano. O contato com os atores, técnicos e diretores convidados, a escolha das locações, as parcerias com produtoras locais também fazem parte desse processo lento do fazer cinema. Por se tratar de um projeto enxuto e de curtíssimo prazo, dia 29 de agosto faremos os primeiros ensaios com os atores principais do filme. Paralelamente aos ensaios, uma equipe de gravação irá estudar a iluminação e a captura de áudio. Vamos ao trabalho!
domingo, 21 de agosto de 2011
Imagem da Canon 7D
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Vídeo ou cinema marginal?
“Já houve um tempo que o vídeo correspondia a uma prática significante marginal, às vezes até clandestina, tornando-se depois, com sua expansão e consolidação, um meio hegemônico, solidamente implantado no tecido social. O vídeo está hoje em todos os lugares, generalizado sob a designação mais ampla de audiovisual.” Essa fala de Arlindo Machado, e seus livros publicados sobre o assunto, preenchem bem algumas lacunas no mercado editorial que expõe a história do vídeo no Brasil e também falam um pouco sobre a documentação que compõem a trajetória da reflexão sobre o audiovisual no país e sua saída para um espaço generalizado.
Por estar cada vez mais consolidado em todos os lugares e possivelmente mais afastado da “margem” da produção audiovisual, não necessariamente o vídeo está se glamourizando, mas talvez se popularizando. Se existe uma “reação” do cinema ao vídeo, talvez por conta dessa manifestação popular, podemos dizer que sim. O cinema está se dirigindo para esta suposta “marginalização” para chegar à popularização. Logicamente ainda estamos assistindo muitas discussões teóricas e práticas em torno desse assunto que vem desde a década de 80.
De forma que, as discussões sobre o assunto ressaltam um certo fetiche pela legitimação social e institucional que o cinema carrega. Diferentemente da crise de legitimidade do vídeo no seu início, e que hoje pode ser encontrada no campo da internet. A “web-arte” pode ser um exemplo disso.
O site Youtube ou o Vimeo que ainda esperam por uma definição feita por teóricos de plantão, traz consigo sua própria definição de compartilhar vídeos. Além disso, esse tipo de site é um cinemateca gigantesca. Mas assim como no vídeo, dos anos 80, esse espaço de web também está sendo incorporado ao cinema de alguma forma, afinal trata-se de produções caseiras dividindo espaço com produções megalomaníacas. É de fato, bem interessante você produzir um vídeo caseiro de cinco minutos e dividir o mesmo site de busca com um grande diretor hollywoodiano. Já estamos num outro espaço quando falamos de vídeo “marginalizado”. Independentemente da qualidade das produções, existem pontos em comum: o imediatismo e o perecível estão presentes em cada uma das milhares de postagens de vídeos na web. Será que essa quantidade assustadora de vídeos no Youtube que Arlindo Machado se referia quando falou que o vídeo está hoje em todos os lugares e absolutamente generalizado?
Fabrício Porto